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Dr. Glass

7:10 PM

Dra. Milena Gardosh estava em seu escritório Psiquiátrico, sentada a uma grande e confortável cadeira que lhe rendia o cargo de Presidente da Clinica devidamente notificado na placa de ouro com seu nome gravado sobre sua mesa, lia o jornal do dia, via a mesma foto que o Dr. Glass vira a instantes, a bela escritora após seu interrogatório, estava feliz de ter passado o caso a Glass, seu pupilo parecia já apto a resolver este e outros casos muito maiores e mais complicados que o atual da escritora Catherine Tramell, era mais que um voto de confiança era um pedido para ter mais orgulho ainda dele.
Sua leitura e seu pensamento foram interrompidos pela entrada de sua secretaria a sala, obviamente após bater a porta, como Milena não pedia, e sim exigia. Educação, respeito e etiqueta, se o profissional não o tivesse não servia a trabalhar com ela. Ergueu a face do jornal e voltou os pequenos olhos azuis, azuis translúcidos, o principal atrativo de Milena, olhos sem muita expressão, mas com extrema luminosidade, um contraste sem igual, suspirou fundo e sussurrou:
- Pois não Samantha?
A jovem e pouco bela loira sorriu a sua chefe e logo lhe deu os recados do dia e entre eles o que mais tomou a atenção de Milena
- ...E também o Dr Glass gostaria de jantar hoje à noite com a Senhora no restaurante de sempre...Posso confirmar?...
Milena pareceu pensativa desviando o olhar de Samantha para sua agenda a mesa, apanhou o lápis e logo anotou o novo compromisso, voltou os olhos a Samantha e sorriu:
- Claro, pode confirmar no restaurante de sempre, às 20h00min. Aproposito ligue para meu marido sim e me passe a ligação aqui...E outra coisa, ao sair feche a porta, Grata.
Samantha retirou-se da sala e fechou a porta que se travava por dentro, enquanto Milena girou a cadeira ficando frente à janela do arranha-céu onde trabalhava que dava visão a agitada Central Avence lá fora, e sorriu de leve, tendo a lembrança de seu doce marido, levou a mão ao coque a cabeça, os cabelos loiros escuros alinhados perfeitamente naquele penteado, e retirou delicadamente o grampo que prendia, deixando as mechas escorrerem soltas pelas costas e ombros, libertando-se da prisão comportada de antes, levou a mão à nuca por baixo dos cabelos e deixando os frios prenderem-se aos mesmos sacudiu-os um pouco, soltando-os mais, e relaxando, fechando lentamente os olhos, sussurrou a si mesma:
- Preciso de férias, longas férias, com Donovam...
Foi interrompida pelo barulho do telefone, dando-se conta de como era eficiente Samantha em atender seus pedidos, levou a mão ao botão de viva voz, e logo a voz de Samantha se fez presente?
- Dra. Milena o seu marido está em reunião e não pode atender, já deixei recado no escritório e celular.
Milena ouviu com desanimo e sussurrou, já desligando a ligação:
- Muito Obrigada.
Voltou os olhos ao movimento da avenida novamente, e ficou ali, quieta e imóvel, os olhos azuis vidrados ao movimento, o terno de linho feminino que se ajustava à saia social ambos negros em perfeito alinhamento, as pernas estavam cruzadas, as costas relaxadas à cadeira, os braços apoiados nos braços da cadeira, estendidos, roçou os pés levemente um ao outro, até que se livrou dos sapatos também negros, deixou os pés apenas envoltos na meia calça, a perna direita cruzada sobre a esquerda, balançava-se num ritmo lento, denotando a inquietação de Milena, tinha tudo e ao mesmo tempo, nada tinha.


Laudo por Dr. Glass

8:40 PM

Era uma quarta-feira chuvosa, os pingos insistiam em banhar a janela de seu consultório. Gostava de dias assim, transmitiam uma certa serenidade ainda maior do que a que as paredes no tom de areia de seu consultório lhe proporcionava. Sentava na confortavel poltrona deixando o corpo recostar-se ao encosto acolchoado. Uma sala finamente decorada. Móveis de tons claros e confortáveis. Havia lhe custado uma pequena fortuna, mas como ele sempre dizia valia a pena. Era um investimento no marketing pessoal de seu trabalho. Deixou os olhos claros percorrerem o ambiente, estava ainda pensativo sobre o telefonema que havia recebido pela manhã. Dra. Gardosh havia lhe dito que teria um grande desafio como profissional. E talvez fosse até mesmo invejado pelos seus colegas de profissão. Ele sorriu de leve lembrando da voz de sua mentora a falar com certo gracejo sobre seu mais novo cliente. Os dedos calmos tocaram o jornal na mesinha de vidro ao lado. Ali estava seu novo paciente. Noticia do dia, primeira página do The Times.. deixou os olhos correrem suaves pelo papel. Ainda havia uma outra nota que lhe interessava. Uma nota sobre o caso que foi designado pela policia para avaliar o perfil psicológico de Henrick Blake, o The Faces, um psicopata que fora preso pela policia apos uma de suas vitimas conseguir escapar com vida. Fora de Glass o laudo que o diagnosticava como mentalmente incapaz do convivio social e o enviava para um sanatório judiciário. Em verdade queria muito estudar o caso daquele homem, e finalmente a liminar que lhe concedia este direito havia saído, mas agora a Dra. Gardosh lhe trazia mais um presente de grego, e então os olhos de um azul tão claro caiam sobre a foto da primeira página. A mulher de cabelos aloirados, usando um casaco de peles branco, como a sua pele. O rosto belo parecia transtornado naquela foto, ao ser levada pelos advogados para fora da delegacia onde havia prestado depoimento. A noticia de topo dizia: "Ficção ou Realidade?" e ele deixou-se sorrir brandamente. Os repórteres sempre gostaram de brincar com as palavras e atribuiam ao título da notícia o fato da mulher ser uma famosa escritora de livros de suspense. A imprensa deixava a dúvida de acordo com os fatos apresentados de que Catherine Tramell poderia estar envolvida na morte de David Thewlis, um famoso jogador de football com quem a escritora esteve envolvida. Os jornais noticiavam como um crime hediondo. De uma crueldade e sadismo impressionante. Ajeitou os oculos no rosto e deixou de lado o jornal sobre a banquinha, a foto daquela mulher parecia lhe observar. Ele meneou lemente a cabeça enquanto virava-se para o outro lado afim de pegar o livro que sua secretaria havia comprado a seu pedido. Deslizou os dedos pela capa do livro. Shooter. E ela assinava com o Pseudônimo de Catherine Woolf. Virou o livro para ler a sinopse rapidamente, as criticas elogiavam como um best seller internacional. A historia do assassinato de um jogador de football que tinha como principal suspeito uma criança de 10 anos. Pousou o livro sobre a perna e deixou que os dedos calmamente retirassem os óculos do rosto. Um jogador de football morto em seu livro.. um jogador de football morto em sua vida.. coincidências? Glass não acreditava em coincidências, e sim em doses de sincronicidade. Mas seria este o caso? As notas do livro faziam uma alusão a ser de dominio público o fato de que Tramell usava fatos de sua vida real para escrever as intrigas de seus livros, os joguetes que compunha e participava para apimentar as paginas de seus escritos. Tomava o bloco de papeis que estava sobre a mesinha em frente a poltrona onde estava sentado, e retirava do bolso do paletó acaneta prateada para tomar notas.
- Herdeira de 10 milhões pela morte de seus pais... a morte parece ter lhe tomado por esposa, Srta Tramell..
Deixou-se sorrir mais uma vez, enquanto tomava nota de onde ela havia estudado.
- Psicóloga, graduada em Berkeley, em 1983. Deixava a ponta da caneta tocar-lhe os labios suavemente. - Será interessante..
Deixou os olhos deslizarem mais uma vez pelo livro. haviam sempre mensagens que aquelas pequenas letras passavam aos mais atentos. bastava saber para onde olhar e como olhar. Endireitou-se na poltrona com calma, e os olhos azuis sem as lentes achava uma frase que parecia lhe interessar.. ele tomava nota: "A alta sacerdotiza do sexo e morte a quem poderosos homens se oferecem em holocausto." Sorriu de leve deixando os dedos deslizarem pela frase antes de fechar o bloco de notas, e levantar-se da poltrona, caminhando para sua mesa, deixando o corpo sentar na cadeira giratória de encosto alto, virando-a para a janela que lhe tomava toda a parede e lhe dava uma visão suntuosa de Londres naquela noite de quarta-feira chuvosa. Deixou os dedos tocarem o aparelho telefônico, e escutou a voz jovem e delicada que vinha do outro lado.
- Pois não Dr. Glass?
- Claudia.. ligue para a Dra. Gardosh. Diga-lhe que pode notificar á Scothland Yard que pego o caso. Que podem encaminhar para meu escritório a Srta. Tramell.. ahnnn.. - ele parava um pouco girando a poltrona novamente enquanto tocava o teclado do notebook diante de si, buscando a agenda de compromissos. - As 16:00h.. seria depois da consulta do Sr. Fletcher correto?
A jovem secretária parecia muitas vezes adivinhar o pensamento de Glass e checava a agenda no mesmo momento em que ele o fazia.
- Sim senhor.. exactamente após a consulta do Sr. Justin Fletcher. Mais alguma coisa Dr. ?
- Sim.. por favor, quero que faça reservas no Tavariu's, mesa para dois, reservando o Cabernet Sauvignon reserva de 1675, demi-sec. E confirme com a Dra. Gardosh se ela vai realmente jantar comigo hoje a noite. Gostaria de discutir com ela os detalhes desta paciente. Então preciso que me prepare a ficha com tudo que lhe foi transmitido via e-mail, sobre a Srta. Tramell, antes que vá embora. Tudo bem?
- Claro Dr. Glass, estou levando em 20 minutos o dossiê. Mais alguma coisa?
- Não Claudia.. apenas isto. Obrigado.
O ruido surdo do aparelho que era desligado do outro lado se fazia escutar.. e Glass girava mais uma vez a cadeira de frente para a parede em vidro, semicerrava os olhos deixando-os ultrapassar a espessura do vidro e até mesmo as gotas que escorriam pela superficie lisa. Buscou o livro sobre a mesa, e deixou-se ler. Seria interessante conhecer o mundo criatido por sua mais nova Paciente.
- Seja bem vinda, Srta. Catherine Tramell... Catherine Woolf... conte-me seus segredos... - dizia num suave sussurrar mais para si mesmo quando deixava os dedos calmos virarem a primeira página.


Laudo por Dr. Glass



*Esse é um jogo fictí­cio*