9:20 PM
Milena: Prestava atenção em Glass, enquanto saboreava o creme, ele falava daquele curioso caso, o rapaz embora fosse tido como doce, apresentava traços psicóticos,e algo dizia a Milena que aquela historia tinha muito mais do que simplesmente dupla personalidade, arqueou a sobrancelhas, e ergueu mais o rosto para falar algo, quando os olhos desviarem-se por um instante puderam ver Donovam, a tocar a mão da loira, depois manter-se próximo, a sorrir, devia estar adorando a conversa, e depois viu, viu com perfeição a ponta dos dedos dele tocarem o colo da mulher, suspirou voltando os olhos nervosamente a Glass - Glass, me perdoe mas eu estou no limite de minhas concepções, será que podemos continuar em outro local, outro restaurante, seu apartamento, qualquer lugar, qualquer lugar longe daqui...- retirou o guardanapo do colo, e aproximou a face a sussurrar - Não quero lhe causar constrangimento, apenas devo ser sincera, Donovam não esta mais agindo como um editor com aquela mulher, e acho necessário me retirar não sofrer mais...adiante... Catherine: Ouvia-o, gostava daquele jogo de palavras, de boca pra lá e mão pra cá, e pé pra lá, e ela sentiu ele se aproximar, e após soltar sua mão, abusar de si, e tocar seu colo com a ponta dos dedos, Cath apenas sorriu, e deslizou o pé da virilha dele, até entre suas pernas, e ficou a acariciá-lo em suas regiões, com as pontas dos dedos dos pés, ficando com o corpo reclinado pra frente, levou a mão a margerita, e a bebeu em um único, gole deixando o copo vazio a mesa, passou a língua pelos lábios limpando o líquido sussurrou - Acho que sua boca não é grande o suficiente pra calar a minha Donovam, se é que consegue entender as entrelinhas de minhas palavras...- aproximou ainda mais a face da dele, e entreabriu os lábios sussurrando - Mas acho que você pode tentar...Acaso tem algo melhor pra mostrar do que eu a você, então me mostre, não me importo de perder, desde que você me satisfaça, penso no bem maior, não em ganhar joguetizinhos com fadinhas-ogro...- piscou a ele, e logo recostou as costas a cadeira fazendo o pé pressioná-lo de leve Dr. Glass: Percebia o interesse com o qual ela escutava sobre o caso, e se perguntava o que ela faria caso visse a fita com a avaliação gravada, o mudar de fisionomia de Hank.. A tentativa de acertá-lo.. O que ela diria se escutasse a voz do rapaz como ele escutou.. E num repente ela pedia que saíssem dali.. Que fossem a um lugar mais reservado pois o Senhor perfeição não estava mais se comportando como mandavam as normas de etiqueta. E não iria voltar o rosto ao casal da outra mesa por que seria uma enorme indelicadeza com Milena.. E seria realmente o paraíso se ela quisesse ir a seu apartamento esquecer-se das agruras daquele casamento falido que ela mantinha - Claro Milena.. Façamos o seguinte.. Podemos comer foundeu.. Ainda tenho bons vinhos na geladeira.. E aproveito para lhe exibir o vídeo.. O que acha? - ele retirava o guardanapo do colo, o que significaria ao maitre que eles estariam se retirando e Glass acenava solicitando a conta, pagando em seguida para finalmente levantar e esperar por ela para sair dali, virou-se de costas e então pode ver oi desfrute ao qual aquele homem se dava.. Por isso era um cientista.. Pra ser cético.. Porque se naquele momento acreditasse em Deus, estaria o chamando de Filho da Puta - Podemos ir..- falava arrumando o paletó quando recebia de volta o cartão de créditos Donovam: Se Cath gostava daquele joguetes de mãos e pés.. E bocas.. Don gostava ainda mais, deixou que o pé da loira se deliciasse em sua intimidade a deslizar sobre ele, deixando que sentisse ao bel prazer o que bem entendesse naquele deslizar.. E reclinava um pouco mais na cadeira, abrindo um pouco mais a perna.. Descalçava o sapato,.. E o pé imbuído de uma fina meia deslizava pela perna de Cath.. Suavemente, subindo pela abertura do vestido, indo buscar o mesmo caminho que ela havia feito até entre as pernas dele.. Sorriu quando ela provocava com entrelinhas ditas - O tamanho ideal para a sua boca e para toda e qualquer reentrância que possa ter Catherine..- murmurava para ela aproximando ainda mais o rosto. - E não falo aqui de joguetes de contos de fadas.. Mas de jogos de adultos.. hm? - Cath podia sentir os dedos que deslizavam sobre a sua intimidade naquele momento.. sob o fino tecido que a protegia e o mover leve do rosto de Donovam diante do seu.. o entreabrir dos lábios do loiro.. e por um milagre divino ele ergueu os intensos olhos azuis naquele momento e pode ver.. quem!? Sua esposa e aquele palerma que ela adotara como discípulo?! O que diabos Milena estava fazendo naquele restaurante com aquele almofadinha?! Milena!?!? - soprava de leve o rosto de Catherine.. endireitando-se na cadeira - E então?! o cisco saiu?! *endireitava-se tentando fazer o pé de Catherine sair de onde estava Milena: Achava uma lástima ter que interromper aquela conversa tão abrangente por causa daquela falta de modos e respeito de Donovam, mas ela não suportaria ficar ali, sem cair em prantos, ou morrer-se de raiva, suspirou fundo, erguendo-se da cadeira logo após a conta ter sido paga, apanhou deixou que o Maitre trouxesse seu sobretudo negro, e o vestiu fechando-o, cruzou os braços, sentia um frio psicológico, um frio na alma que passava para o corpo, abaixou a face, ouvindo Glass falar que eles poderiam ir, e como ele era discreto e compreensível, não havia lhe perguntado nada, apenas queria tirá-la logo dali, e distraí-la com a fita que era algo que Milena certamente ia querer ver, caminhou a frente de Glass a passos rápidos e passou ao lado da mesa de Donovam, sem olhá-lo cabeça baixa, passos rápidos, nem sequer quis ouvi-lo, apenas queria sumir dali, e nunca mais ter que presenciar cenas como aquela Catherine: Deixou-se sorrir, ao sentir o pé vir deslizar pela sua perna, e subir pela mesma a provocá-la, e apenas entreabriu mais as pernas como ele, enquanto o ouvia dizer que o tamanho era ideal, deixou-se rir alto e apenas aproximou mais a face também, deixando-as bem próximas, deixou os lábios entreabertos, enquanto os dedos dos pés deslizavam pela sua intimidade, sussurrou - Joguinhos de Adultos, e como eles são Donovam?...Ensine-me a jogar hum...- já ia fechar lentamente os olhos, para receber os lábios do homem, quando de súbito, sentiu o soprar a face, afastou a face o fitando sem entender, depois fitou a jovem que passava como um foguete por eles, e ele a dizer sobre um circo e depois Donovam, tentava tirar seu pé da cadeira dele, e ela afastava o pé, recolocando o sapato fitando ele sem entender, e de súbito os olhos voltarem-se ao homem que acompanhava a mulher transtornada, e ela ficou a encará-lo Dr. Glass: Não perguntaria, não cometeria tamanha indelicadeza com sua convidada por mais que desejasse ir lá e encher aquele sacripantas de safanões.. suspirou fundo enquanto deixava que Milena caminhasse à sua frente e pode observar pelo canto do olho o casal, onde o loiro parecia e3star tirando cisco do olho da mulher.. que palhaçada.. só se Milena fosse estúpida para cair num truque velho de um homem sem classe.. ela passava sem sequer olhar a mesa, ele fazia a mesma coisa acompanhando-a.. não se dirigiria a Donovam.. muito menos á mulher que faria avaliação com ele na sexta-feira..queria sair dali.. não gostava da companhia daquele homem, não entendia definitivamente não entendia o que a Milena havia visto nele.. músculos!? Ele não tinha cérebros!!!! - Está de carro? - murmurou para ela enquanto adiantava-se para abrir a porta que ligava a ala das mesas ao café de espera
Donovam: sentiu o pé de Cath sair de onde estava com um pesar sem tamanho.. agora que o joguinho estava ficando realmente interessante ele tinha que parar? Não era justo que o que diabos Milena estava fazendo ali com Glass?! Ele não gostava do doutorzinho e já havia dito a Milena inúmeras vezes que não a queria com ele sozinha.. e via a mulher passar por eles esticou a mão ao perceber que Milena passava pela mesa.. e como explicaria a Cath? Não sabia.. não tinha a mínima noção.. sabia apenas que tinha que resolver aquilo tudo e conseguir uma outra noite.. talvez na editora.. com Cath.. algo mais reservado - Milena..- ele erguia-se da mesa ajeitando a própria roupa, os dedos fortes a segurarem o braço da mulher que passava por ele - Meu amor, não me avisou que iria sair..- estava de pé ao lado da esposa, tomando a frente de Glass, e tapando a visão do mesmo para Milena - Esta é a Srta. Trammel.. a autora que estamos querendo fechar contrato..- sorria como se nada tivesse acontecido, se falaria a desculpa de ah, eu estava a tirar cisco do olho dela, ? não.. nunca.. jamais admitiria culpa alguma de algo sem que antes fosse posto em julgamento. - Srta. Trammel.. esta é a mulher de quem lhe falei,.. a responsável pela minha felicidade conjugal.. a mulher que amo.. Dra. Milena Gardosh..- sorria para Catherine, exibindo Milena, tomando-a pela cintura - Eu estou quase acabando amor.. - ele inclinava-se para deixar um beijo em seus lábios - Porque não senta conosco e me espera um pouco para voltarmos juntos para casa.. está de carro? - não dava importância alguma a glass.. na verdade fingia que o Doutor nem estava lá Milena: ouviu seu nome mas seguiu em frente, sem olhar para trás, não queria nem ver nem falar com Donovam naquele momento, e logo ela sentiu os dedos fortes apanharem seu braço, e faze-la parar, virou-se para ele, suspirando fundo, ergueu a face o encarando, tentando manter o mínimo de educação e etiqueta, enquanto ele a chamava de meu amor, e parecia preocupado dela não ter avisado ele que queria sair....e viu-o entrar na frente na frente de Glass, cobrindo a visão dele, arqueou a sobrancelhas, e ia falar algo, quando ouviu ele falar quem era a loira, ela voltou os olhos a Cath sorrindo cordialmente, sussurrou - É um prazer Senhorita Tramel, admiro seu trabalho..- voltou os olhos a Donovam, ouvindo ele exibi-la denotando novamente aquela falsa felicidade do casamento, ele sempre fazia questão de falar aquele tipo de coisas perto das outras pessoas, deixou que ele a tomasse pela cintura, e sentiu o beijo aos lábios mas não o retribuiu, e depois ele falar que voltariam juntos para casa, para ela se sentar com eles, era muito recente os fatos, não acreditaria em uma só palavra, mais tarde sozinhos as coisas sempre mudavam, Milena estendeu a mão apanhando o pulso de Glass por trás de Donovam, e logo o puxou para perto de si, a sussurrar - Sra. Tramell, que indelicado meu marido, nem sequer notou o brilhante Dr. Glass em minha companhia...Este é o famoso psicólogo Dr. Glass, que por grande conhecidência será o seu avaliador amanhã...- mantinha a mão ao pulso de Glass, e voltou os olhos a Donovam - Não, não querido, eu estou ajudando o Dr. Glass com o caso do "Two Faces", e você também está num jantar de negócios em nenhum momento quis atrapalhá-los, creio que nós quatro estamos todos atarefados...- sorriu a Donovam, e sussurrou - Nos encontramos mais tarde, em casa...- puxou logo Glass pelo pulso e caminhou para fora do local, não denotou estar nervosa, do contrario foi cordial, obvio que a situação era desagradável por si só, Donovam depois a acalmaria, a sós ela era diferente Catherine: Mantinha os olhos sobre Donovam, assistindo a toda aquela encenação dele, a sorrir, a ser mais uma personagem naquele teatrinho de quinta categoria, observou ele apresentar Milena como dona da felicidade que ele nunca tivera, e sorriu a mulher - Donovam fala muito bem de você, estou encantada em conhecê-las...- e depois viu ele acarinha-la, doma-la, e ela puxar seu amigo e apresenta-lo finalmente, e por Deus, quanta conhecidencia, era o seu psicólogo de amanhã, e que homem interessante ele o era, Cath deixou-se sorrir - Mas quanta conhecidencia Dr. Glass, e eu que já estava ansiosa por amanhã, agora então, mal posso me conter, chegarei pontualmente, estou curiosíssima quanto a nossa sessão..- observou Milena recusar o convite e nada mais falou Dr Glass: Escutava aquele homem que se colocava entre ele e Milena de forma tão mal educada quanto um javali.. e nada dizia, ela era esposa do namorado da barbie.. nada iria dizer que o desabonasse.. manteve-se atrás do largo homem, esperando que Milena tomasse a atitude que queria.. e ela o fazia, sentiu o pulso ser tomado por ela para apresentá-lo à Srta. Trammel.. e a expressão de Glass em nada tinha o tom jovial que ele despejava sobre Milena.. os finos lábios se entreabriam no que poderia ser confundido com um sorriso e um menear de cabeça num cumprimento Cortez e britânico - Como vai Srta. Trammel? - Ela dizia que estava ansiosa pela avaliação .. ele não se deu ao trabalho de responder apenas sorriu afirmativamente e então Milena o puxava novamente, dizendo que estavam todos atarefados demais..concordou quando ela disse que estava lhe ajudando no processo do Two Faces.. e apenas acenou com a cabeça num despedir quando Milena finalmente saia dali arrastando-o consigo - Então.. eu sou um amigo legal.. do tipo que leva para passear e depois entrega na porta de casa e ainda espera você entrar para ter certeza de que está bem.. - o Audi.. era trazido pelo guardador que devolvia a chave para Glass e abria a porta para Milena.. e porque não poderia ser assim para sempre? Donovam: Percebeu o corpo de a mulher ceder ao que ele chamava e por Deus Catherine fez parte do circo, ajudando-o dizendo que ele sempre falava de sua mulher.. queria rir.. se ele era cínico ela tinha doutorado.. e Milena negava-se a ficar com ele ali.. não sabia se era melhor ou pior.. mas sabia de uma coisa.. detestava a atitude que ela tomou em puxar o glass para apresentá-lo a Catherine.. não diria nem faria escândalos em seu restaurante favorito.. apenas manteve o cenho fechado enquanto as apresentações eram feitas e Milena despedia-se novamente dizendo-se atarefada.. dizendo que se falariam mais tarde.. e para onde ela estava indo com aquele idiota!? Não disse nada.. nem mesmo deixou transparecer qualquer irritação pelo fato, esperou ela sair para sentar novamente à mesa onde Catherine estava.. e merda.. onde estava todo o clima!? - Podemos pedir o jantar? Cath foi embora sem ao menos responder a pergunta de Donovam, e Milena após ver o vídeo e conversar algumas horas com Glass fora para casa.
Laudo por Dr. Glass
4:05 PM
Dr. Glass: Escutava calmamente ela dizer que havia mentalizado o marido numa tentativa fútil de encobrir o ciúme que estava sentindo, e oras Milena ele era um psicólogo.. Como esconder sentimentos, ânsias, constrangimentos de um psicólogo?.. Sorriu de leve apenas para confortá-la e não piorar sua situação ainda mais - Aahh eu garanto que não..- piscou para ela de leve - Tem bom gosto.. Se fosse materializar alguém para acompanhar seu marido seria a Jakkeline Kennedy Onassis..- ele conteve o riso fácil que vinha quando estava com ela* Quer suspender o jantar aqui? Podemos ir a um outro restaurante se você quiser.. Não me importo.- e ela tentava se recobrar do susto inicial - Não Milena.. Não me é nenhum martírio escutar você.. Gosto disto.. E.,.- e como lhe doía dizer o que diria - Amigos são realmente para isso hm? Não é nenhum peso do mundo..- respirava fundo e observava ela tomar o vinho num longo gole.. Sintoma de seu nervosismo. Pegava a garrafa de caubernet para encher a taça dela novamente - Falar de mim.. hmmmm,.. acabo de voltar de Nova York.. daquele julgamento infeliz sobre o caso Blake.. aliás não sei como consegui ficar tanto tempo naquela cidade.. acredita que pedi o táxi 5 vezes e tomaram na minha frente nas 5? - queria distrai-la.. nem que fosse à custa de seus contratempos
Milena: Era centrada, o mundo poderia estar caindo, como naquele momento, ver o marido tão ausente, tão ocupado, a acompanhar uma bela loira e lhe levar flores, há quanto tempo ele não lhe dava flores?..Mas não. Focou-se, e focou-se em seu jantar, que é o que viera fazer ali, distrair-se na agradável companhia de Glass, e nada mais a tiraria de seu juízo comum, ela sabia absorver e filtrar as coisas, depois conversaria com Donovam, ou talvez nem conversasse, ficou a ouvir Glass a falar que ela tinha bom gosto e que jamais mentalizaria uma mulher vulgar daquele jeito e sim a elegante Rainha, e deixou-se rir discretamente, enquanto sussurrou - Ah Glass, me conhece muito bem, devo ser atrevida ao ponto de dizer que até mesmo melhor que o próprio Donovam?...- O que fora aquilo? Talvez seu subconsciente a alfinetar a submissão humilhante que possuía em Donovam, e ela sorriu ao ouvir Glass se referir ao julgamento, estava curiosa com aquele caso e agora que ele tinha tocado nele, jamais deixaria de lado aquela abordagem para se ater a seu marido e a loira "vulgar", os olhos denotaram um leve brilho e ela murmurou - Oh me conte, eu estava muito curiosa quanto ao rapaz, eu li sobre ele, muito intrigante..- ouviu sobre os táxis e riu mais gostosamente agora - Ah eu já estive lá, se não andar no ritmo deles, eles passam por cima de você, nada como nossa romântica e doce Londres...eu senti sua falta....
Donovam: Ele continha o riso que daria ao ve-la deslizar o dedo pelo próprio corpo daquele jeito.. a mulher exalava sedução por cada por o de seu bem torneado corpo e isso fazia muito bem ao ego de Don.. que não desfrutava desse glamour ao lado da esposa clássica - Só divido se dividirmos o mesmo copo, Catherine.. e se me deixar ver onde vai estar a marca de seu batom..- sorriu piscando de leve enquanto assentia para o maitre afirmando que poderia providenciar o pedido - Com todas as escritoras não.. apenas com as mais belas e provocantes. - riu novamente e desta vez solto.. gostava do humor da mulher* Não.. eu não costumo ir para a cama com as mulheres que fecham contratos comigo.. meu contrato matrimonial não permitiria isto.. - os olhos azuis semicerravam-se levemente quando ela inclinava o corpo para frente a lhe dizer entre sussurros dizendo que não gostava de apenas testar e sim de usar, abusar e cuspir fora o bagaço - Sabe.. foi extremamente provocante isto.. já pensou que posso ter um lado escravo incutido e você está a estimulá-lo? Diga-me.. as formas que usaria e abusaria hm?- falava num tom de provocação, estava se divertindo como a muito não fazia na companhia de uma mulher - Absinto.. porque é uma bebida mágica.. mitológica.. conta a lenda que pequeninas fadas dançam no fundo da taça quando se bebe..- ele continha o riso pois sabia que ali viria uma outra resposta espirituosa
Catherine: O ouvia, era uma ótimo ouvinte, ouvia, e estudava cada palavra e cada sentimento, para depois saber como lidar com Donovam, sorriu a ele o ouvindo falar sobre a taça e logo sussurrou - A marca do batom?..Ah não sabia que se contentava com migalhas...Mas eu não vou negá-las a um homem que parece tão necessitado delas hum?...- abriu um suave sorriso provocando-o e até mesmo intimando-o com aquela fala, e depois ficou a ouvi-lo falar que não dormia com todas as escritoras somente as como ela, e depois o viu falar de seu contrato matrimonial, já vira a aliança no dedo dele há tempos, quando mandara tirarem fotos dele, para o estuda-lo, e logo que chegou ao restaurante quis conferi-la, depois ficou ouvindo-o falar de seu lado escravo, e querer saber de que modo ela usaria e abusaria dele, como uma criança que ganha um doce novo, sorriu de leve e sussurrou - Você achar que eu perderia tempo falando o que posso muito bem mostrar?..Um ato vale mais que mil palavras, ainda mais quando eles vêem de mim... roçou mais forte a unha ao colo chegando a arranhá-lo, desceu o dedo, deixando-o forçar de leve o decote do vestido, e depois o subia novamente, a deslizá-lo pela linha que formava os seios unidos, murmurou- - As mãos falam mais que as bocas, porque quando as bocas se calam, são as mãos que agem...compreende?...- tombou o rosto pro lado, ouvindo-o falar do absinto e sussurrou - Fadas?...se ao menos fossem ogros...gosto de homens fortes....não delicados como fadinhas a dançar em taças de absinto...- inclinou a face, encarando-o, como quem diz...O que vai responder agora, fadinha?
Dr. Glass: Percebia a forma como ela fazia para voltar a seu estado comum.. encobrindo pensamentos e sentimentos naquele momento e eram esses os motivos que o fazia admira-la e conseguinte ter seu coração laçado pela mulher que sequer o notava - Acredito que sim.. sou um psicólogo.. o seu psicólogo mesmo que não seja um status formalizado e então psicólogos conhecem como ninguém a alma de seus clientes.. talvez melhor que as dele mesmo- parava de falar por alguns minutos deixando os olhos azuis acinzentados pousarem-nos dela mais uma vez.. e ela dizia que queria saber sobre o julgamento - Claro que contarei tudo a você.. enquanto saboreamos a entrada que acha? *fazia um movimento e o Maitre aproximava-se novamente - Gratin dauphinois para entrada por favor.. - O homem sorria - Excelente escolha, Dr. Glass.. E cumprimentava gentilmente para providenciar o pedido e esperava o homem retornar com as batatinhas gratinadas com creme, prato típico dos Alpes que cairiam muito bem para a noite que começava a esfriar e ela dizia que havia sentido sua falta? Glass não pode conter o brilho dos olhos quando escutou aquilo... - Eu também, Milena.. - falou num tom um pouco mais baixo, recobrando-se em seguida - Eu também.. - pigarreava de leve tentando voltar à expressão amistosa de sempre - Como dizia.. O rapaz era patologicamente psicótico.. Dupla personalidade e imputabilidade a respeito dos crimes.. Um dos casos mais interessantes que já tive a oportunidade de pegar..
Milena: Ouviu Glass dizer que ele era seu psicólogo, assim como ela era a dele, amigos, conselheiros e psicólogos um do outro, sorriu a ele e murmurou - E eu agradeço muito sua paciência com sua paciente mais fechada..- piscou os olhos a ele sorrindo, agradavelmente, já nem parecia mais se lembrar da situação desagradável de ontem, o ouviu falar que lhe contaria tudo, mas antes pediria a entrada e logo esperou que ele escolhesse, tinha ótimo gosto para tudo, era um homem raríssimo e ela nem se preocuparia com o menu da noite, logo que o rapaz se afastou, e em seguida veio à entrada com as batatinhas, ela sorriu, colocando o guardanapo ao colo, apanhou o ultimo talher dos dispostos lado a lado à mesa, e passou a saboreá-las, sussurrou - Divino....- ouviu o sussurrar dele dizendo que também sentira, e sorriu a ele, Glass era sempre tão fechado, tão tímido em seus sentimentos, que ela já se acostumara e não se importava e depois nada mais tomou sua atenção que as palavras dele sobre Donny, arqueou a sobrancelhas e sussurrou - Inimputabilidade?....- parecia surpresa - Devido à dupla personalidade?....Mas é estranho Glass, eu li o caso, estudei um pouco, e pelo perfil, ele parece ser bem cruel, e maquiavélico, parecia planejar perfeitamente a caçada, o cativeiro, a morte, enfim, ele parecia saber o que fazia muito bem, para uma dupla personalidade, ou talvez possuir um controle admirável pelas duas, levando em consideração seu diagnóstico...
Donovam: Ele estava esperando que a conversa fosse levada por ela.. Afinal queria o contrato, de certa forma pisava em ovos, não sabia até que ponto poderia a ser mais solto com a loira.. E sorria - Não.. Não me contento com migalhas.. Sou um homem de meias palavras e ações completas.. - mantinha os olhos sobre os dela e tocava com o polegar sob a aliança de ouro branco que reluzia sob as luzes daquele restaurante - Não achei que me mostraria aqui neste restaurante.. Pensei que talvez quisesse fazer seu test driver num lugar mais reservado.. Mas.. Eu não me oponho em momento algum em ver em qualquer lugar que planeje demonstrar.. - falava num tom de voz divertido, adorando a situação que ela o colocava - Eu ainda acho que as bocas..- e ele tomava a mão dela .. A mesma que estava pousada sobre o colo a arranhar entre o seio e levava aos lábios, como se fosse beijar a mão novamente.. Mas os lábios de Don se ousavam mais e ela pode sentir a ponta dos dedos serem tomadas pelos lábios do rapaz num beijo delicado que a todos pareceria um cortejar comum - Vê.. ? Bocas mostram tanto quanto mãos; E porque eu traria mais ogros para você.. ? Já não lhe basta um diante de si? - Não soltou a mão de Cath e nem percebeu que sua esposa estava há apenas duas mesas da sua
Catherine: Mantinha o encarar sobre Donovam, e via-o responder a todas as suas provocações, e depois deixou os olhos sobre a aliança a mão dele, dizendo que se ela quisesse podiam fazer um test drive em um lugar mais reservado, ou que ela podia lhe mostrar ali mesmo, isto soava como um desafio....Ela o deixou apanhar sua mão, e tocar seus dedos com os lábios, suavemente, enquanto dizia que bocas podiam mostrar tanto quanto as mãos, e sorriu de leve murmurando - Podem sim. Mas você me mostrou, boca, uma boca a calar-se na pele, eu estava me referindo as bocas, duas bocas que se calam uma na outra, enquanto as mãos agem pelo corpo...- sorriu a ele, fazendo quase de modo poético, daí seu dom a escrever livros, e depois ficou a fita-lo, dizendo que ele era um ogro, Cath ajeitou-se melhor a cadeira, e descruzou as pernas, deixando-as entreabertas, mas as esconde abaixo da mesa, delicadamente retirou o pé da calçada, e logo apoiou a sola do mesmo, a ponta da cadeira de Donovam, debaixo da mesa, entre as pernas dele mantendo a dela dobrada, sussurrou - Agora quanto falamos, de mãos ou....- deixou a ponta dos dedos dos pés deslizar pela virilha dele o provocando, aproximando mais a face dele, o encarando, murmurou - Ou pés, que agem individualmente, as coisas tomam proporções diferentes....Donovam...
Dr. Glass: Escutava os gracejos que ela fazia que denotavam que seu humor voltava pouco a pouco.. E respirou profundamente servindo-se de mais um gole do caro Cabernet.. As batatas chegavam e ele colocava o guardanapo no colo quase no mesmo instante que ela e escutou o aprovar do prato de entrada,, provando a iguaria com calma para aproveitar ao máximo o gosto singular do creme - Ele se fazia passar por um jovem doce, e desta forma seduzia suas vítimas.. As encantava.. Quando ele achava que casavam com o estereotipo da jovem que o abandonou, a Tracy.. - ele levava o copo de vinho aos lábios para um gole delicado - E então no cativeiro ele mostrava a outra face.. Milena.. Se pudesse ve-lo em sua avaliação.. Eu trouxe a fita, vou encaminhar para o seu consultório pela manhã... Não haveria quem no júri dissesse que ele não era um jovem meigo atormentado até mesmo pelo demônio, como ele chegou a dizer que o padre de sua paróquia dizia a ele.. E que o Hank.. Na verdade era uma entidade que o possuía.. E.. Que ele não lembrava de nada do que fazia.. Mas houve um fato.. Quando ele me tentou me machucar.. Que me fez tomar toda a decisão que tomei ao dar o laudo, aconselhando que Henrick Blake fosse encaminhando ao manicômio judiciário...
Donovam: Mantinha a mão dela entre as suas ainda, não tinha pretensão alguma de solta-la, o cheiro da mulher era agradável e provavelmente existiriam paparazzos naquele restaurante bem freqüentado pela elite de Londres,m e ele seria capa de alguma revista importante ao lado da bela e enigmática escritora - Mas posso mostrar a você a poesia do que me diz agora e deixar que minha boca cale a sua.. Ou.. Posso querer ver a sua boca calar a minha.. Mas acredito ainda mais em mãos e bocas que se calam pelo corpo.. Não apenas bocas em bocas com avidez ou não.. Ou apenas mãos que se perdem em curvas ou saliências.. - fazia um ruído de negação com os lábios enquanto deixou a barba por fazer arranhar delicadamente a mão dela e sentia o pé que vinha a deslizar por sua virilha por baixo da mesa.. E ele sorriu de leve.. Entreabrindo um pouco as pernas para que ela tivesse um pouco mais de liberdade em sua virilha - Pés as vezes se calam maravilhosamente bem.. Deixou que o rosto da loira se aproximasse do seu.. E estendia a mão como a devolver a dela para a mesa, deixando que a ponta dos dedos tocassem de leve o colo desnudo da mulher, quando ela se inclinava para falar com ele.. E Cacto pode sentir a ponta dos dedos que deslizava pelo colo.,. Antes que ele retirasse novamente a mão - Hmmm.. Então isto é tudo que tinha para me mostrar Catherine? Hmmm.. Até que é interessante sim.. - provocava? Sim.. Desafiava.. Queria ver até onde ia a coragem dela dentro de um restaurante famoso e cheio como o tavarius
Laudo por Dr. Glass
9:20 PM
Donovam: Como todos do restaurante não poderia ser diferente ao esportivo Donovam e os olhos de um azul intenso do loiro sentado ao balcão voltaram-se para a figura loira que adentrava e por Deus ela era ainda mais linda do que diziam os jornais, revistas, sites e afins.. Deixou-se sorrir com certa malicia enquanto virava o corpo na direção em que vinha a loira, deixando que os lábios sorvessem um gole do whisky, antes que pudesse levantar e tomar as orquídeas de cima do balcão e caminhar até ela - Srta. Trammel..- ele sorriu tomando-lhe a mão para um cumprimento formal e deixava que a barba roçasse a pele dos dedos de leve ao inclinar-se para beijar a mão delicada - Está magnífica...- sorria e era um sorriso encantador, um detalhe da anatomia de Donovam e que ele sabia aproveitar como poucos - Espero que goste das flores.. Pensei algo que lembrasse você.. Então orquídeas.. São exóticas.. Extremamente belas.. E misteriosas..- entregou o buquê para a loira de vestidos vermelhos e céus .. Que vestido.. Mal poderia tirar os olhos daquela fenda que se estendia até quase a virilha.. E tocava-lhe levemente na cintura para guiá-la até a mesa no centro do restaurante
Dr. Glass: Estava de costas para a porta, percebeu certa inquietação das mesas ao redor, mas sua atenção estava voltada para a mulher sentada à sua frente .. Aos olhos doces que vinham delicados pousar no seus, mesmo que na melhor explicação para aquele olhar pairasse a palavra "amigo" resplandecendo em néon.. Escutou ela falar de seu casamento fracassado e definitivamente nunca entendera como ela se casara com alguém como Donovam.. Beleza? Mas era fútil.. Fútil como uma boneca barbie.. Ou como aqueles modelos do Falcon.. Coisas do gênero - Carente? - E agora Glass? Poderia dizer que Donovam era um burro por deixar uma mulher tão magnífica sozinha, por deixar aqueles lábios, aqueles olhos a saborearem uma taça de vinho na companhia de um amigo ao invés de através dos lábios dele.. Mas sua etiqueta.. Sua educação e caráter não permitiam.. E ele mais uma vez calava-se diante da oportunidade - Talvez precisem de mais um tempo juntos..- ele erguia a taça para um outro gole, um pouco maior.. Talvez para controlar o bater do próprio coração - Não pensa em tirarem umas férias juntas? Em viajar um pouco? Mudar de ares sempre é uma boa solução.. É algo como recarregar as baterias, Milena.. - não queria falar de Donovam.. Com tantas coisas para se dizer.. Sobre ela.. Sobre eles.. Tinha que ser tocado o nome do Donovam?
Catherine: Ficou parada apenas esperando o homem encontra-la, e logo os olhos voltarem-se a figura do belo loiro que vinha em sua direção. Hum, ela não esperava tão belo, pois bem, melhor assim, mais divertido, mais animador, os olhos voltarem-se também as orquídeas, ele havia trago flores, conforme ela havia mandado, ótimo, assim era perfeito, e logo deixou que ele tomasse sua mão, de belas unhas pintadas de vermelho, e sorriu a ele, mordendo de leve o lábio inferior, após sentir o roçar da barba e o sincero elogio, suspirou fundo, e manteve os olhos sobre a bela face dele, e que sorriso, mais fofinho, se fosse uma colegial estaria já de pernas abertas Oh lástima. Mas como todo homem, ele não tirava os olhos de sua perna a mostra, "Pode olhar querido, eu mostro pra que olhem mesmo, veja o que te falta em casa!"...Continuava a sorrir e logo sussurrou - Hum, acho que talvez eu preferisse rosas, apesar de serem mais comuns, eu sou como elas, igual como toda outra mulher, mas única como somente uma rosa em meio a todas as outras flores poderia ser...- sorriu e apanhou o buquê, não as cheirou, achava isto extremamente clichê e perturbador, então apenas as carregou consigo, enquanto deixou-o guia-la pela cintura a mesa, caminhando a mostrar ainda mais da perna, sussurrou - Eu sempre imaginei editores, barrigudos e grosseiros, se soubesse que viria o Ken da Barbie, teria usado algum tom mais róseo...- sorriu cinicamente a ele, mordendo o lábio inferior de modo matreiro, brincalhão
Milena: Os olhos azuis de Milena, pareciam tomados de uma tristeza sem fim, era como olhar para um abismo escuro, um poço sem fundo, ela suspirou fundo, diante dos conselhos de Glass, e como era bom ter um amigo como ele ao seu lado, sempre a lhe animar, a mostrar que as coisas ainda poderiam dar certo, que bastava um tempo juntos, sorriu de leve quase nervosamente desviando os olhos dos de Glass, voltando-os a própria taça de vinho, ficou a passar a ponta dos dedos de uma das mãos pela mesma, a olhar o liquido desta como se pudesse ver o próprio futuro através do mesmo, ou a solução para tudo, e sussurrou -...Sempre que isto acontece viajamos Glass, e então tudo volta a ficar bom por um período curto, e depois recomeça....E depois nos afastamos novamente, e ele não atende meus telefonemas, desmarca nossos compromissos, trabalho..Trabalho e...- ergueu lentamente o rosto e por um momento, quase por um impulso, olhou a volta do restaurante, e pode ver Donovam, entregar flores a uma bela e insinuante loira, os lábios entreabiram-se para dizer algo, mas a voz se calou e ela ficou ali, atônita, chocada, sem qualquer reação que não fosse olhá-los
Donovam: Escutava ela falar.. E não havia como deixar de notar cada detalhe expressivo daquela mulher, as belas mãos pintadas num tom de vermelho como o vestido que usava.. E escutou ela falar da preferência por rosas - Não me esquecerei da próxima vez, Catherine.. - ele buscava quebrar aquela formalidade que existiria entre editor e autor.. E a guiava com toda a pompa e orgulhoso por estar ao lado de uma mulher digna de sua companhia, um casal que com certeza abrilhantava o centro do fino Tavarius.. Sorriu com o tom jocoso e provocativo com o qual ela lhe falava - Não creio que ficasse bem de Barbie.. Jéssica Rabit lhe caiu extremamente bem...- piscava enquanto o Maitre puxava a cadeira para que ela pudesse sentar e retirava o paletó para sentar diante dela, um homem alto.. De ombros largos, o que denotavam a pratica de esportes - Sou um protótipo que está sendo testado para editores bem afeiçoados..- ele sorriu e desviou os olhos para o Maitre que esperava o pedido, não havia percebido a mesa de Milena, e quem era mesmo Milena!? Ah sua esposa.. Lembrava .. Que deveria estar em casa àquela hora - Quer escolher a bebida.. Ou me permite este prazer?
Dr. Glass: A escutava.. E ela ainda sentia dores por um casamento que apenas ela não via que não existia mais.. Que Era casado com um modelo da vogue que nada lhe tinha a acrescentar - Terapia de casal? - era mais uma alternativa que não queria dar.. Mas como se isentar de aconselhar Milena? Se ela estivesse bem e feliz já lhe seria certo conforto - Já chegaram a tentar alguma vez? - ele tomava mais um gole do vinho e então era a vez dele desviar os olhos dos dela e voltar para o tampo da mesa por alguns segundos.. Como se buscasse forças em si mesmo para continuar - Ele pode estar com algum problema na Editora também Milena.. Homens em geral quando atarefados em excesso tendem a esquecer de quem está ao seu lado..- iria prosseguir a fala quando percebeu que os olhos de Milena vidravam em um ponto do restaurante - Milena? O que aconteceu? - Deixou o corpo girar lentamente para trás seguindo a direção de para onde ela olhava.. E os olhos azuis acinzentados puderam ver, Donovam, o marido perfeito, acompanhado de uma bela mulher.. E ele a conhecia de algum lugar.. Os olhos abriram-se num espanto.. Era a Srta. Trammel? O Senhor perfeição entregava flores para a escritora, e que trajes eram aqueles? Onde ela achava que estava? E o constrangimento que vinha no voltar o rosto para Milena naquele momento - E eu pensava que vida de psicólogo fosse difícil.. Olha a hora em que ele está trabalhando..- tentava falar algo para descontrai-la um pouco..
Catherine: Arqueou a sobrancelhas quando ouviu "próxima vez", sorriu de leve e sussurrou enquanto ele a levava - Oras e precisa de quantos contratos para se fazer um livro, Donovam?...- usava da mesma falta de formalidade que ele e então murmurou - Acaso pretendo assinar o contrato hoje e depois ter meu livro publicado, quantos contratos pretende arrumar para que eu assine?..- piscou a ele deixando-se rir baixo, e logo parou esperando o Maitre puxar sua cadeira, sentou-se e a desgraçada, cruzou a perna da fenda sobre a outra, expondo totalmente sua perna, apoiou o cotovelo ao braço da cadeira e levou a mão próxima ao lábio deixando o dedo indicador recostar ao mesmo, um tanto dobrado, ficando a deslizar o mesmo pelos lábios suavemente, enquanto a outra mão ia ao colo, sussurrou -.Pensei que Jéssica fosse ruiva, acho que vou pintar os cabelos, talvez assim fique com os peitos dela...- piscou novamente a ele, e deixou os dentes roçaram-se ao dedo mordendo-o de leve, ouvia o que ele dizia, sobre ser um protótipo e murmurou - Humm, acho que quero testar o novo modelo....- descruzou as pernas e cruzou-as do outro lado agora, deixando ambas recobertas pelo vestido, sussurrou - Fique a vontade, estou aqui para lhe dar todo o prazer possível, Donovam...
Donovam: Sorria para ela e não seria possível que o sorriso lhe sumisse dos lábios, não quando a companhia de Catherine lhe soava ainda mais agradável do que poderia imaginar - Nunca ouviu falar nas letrinhas miúdas? Pode ser que queira que eu exemplifique cada cláusula do contrato.. E se faltarem contratos.. - ele inclinava o corpo levemente para frente e sorria novamente - E acaso não existam mais contratos.. Poderíamos jantar apenas pela agradável companhia que está me tendo.. Sou apreciador de belas artes.. Nada como ter uma bela imagem para admirar numa noite de quarta-feira.. E se aliado à beleza ela for inteligente e bem humorada.. Catherine.. Digo-lhe que seria um verdadeiro coquetel molotov.. Para se resistir.. - reparou em seu campo de visão a cruzada de pernas que ela deixava surgir toda a perna de um lado e riu.. Não havia como não sorrir onde a espécie masculina em quase sua totalidade estava prestes a quebrar o pescoço naquele momento. - Uma opinião do publico apreciador.... Não precisa de mais peitos do que estes.. Se forem verdadeiros, claro.. - sorriu sem se importar com a presença do maitre ao lado deles.. - E eu prefiro as loiras.. Tem todo um glamour sobre elas como diria Marilyn... E escutava ela falar que queria testar o novo modelo - Um test drive? - olhou para o maitre ali ao lado e sorriu ao homem - Absinto..- o homem sorria para ambos e saia em seguida para providenciar a fada verde - Quando quiser....
Milena: Milena tinha os olhos vidrados na cena, observou Donovam, e os olhos puderam focar a mão dele a cintura da mulher, o ciúme, isto fazia com que Milena enxergasse as coisas, os toques, o caminhar, o vestido, a loira, tudo com uma proporção gigantesca, mas obvio que ela não falaria nada, obvio que não perderia a classe e a educação, mesmo porque seu marido estava trabalhando, aquela loira estonteante era a escritora Tramell, e ele queria fechar contrato com ela há tempos, era um jantar de negócios, e decidiu ser cega ao olhar desejoso de Donovam sobre Catherine, voltou os olhos a Glass, não havia ouvido nada sobre terapia de casais, ou Donovam trabalhar demais, somente a parte de ele ter que trabalhar até aquela hora, deixou-se sorrir nervosamente, tentando encobrir os próprios sentimentos e sussurrou - É verdade Glass, mas veja que indelicada eu, venho jantar com você e não paro de me lastimar e de tanto falar de meu marido acabei o chamando para cá com meu pensamento e ainda me vem com uma loira de vermelho a tiracolo...- suspirou fundo tomando um longo gole de vinho, murmurou - Eu juro que a loira eu não estava mentalizando...- sorriu nervosamente, depois se ajeitou melhor a cadeira e sussurrou - Mas fale-me de você meu querido, há tempos que não jantávamos juntos não?..- voltou a atenção a Glass, iria tentar ignorar aquela cena depredante que estes.. Se forem verdadeiros, claro..-sorriu sem se importar com a presença do maitre ao lado deles..
Catherine: Mantinha os olhos verdes, fixos sobre Donovam, a fitar cada movimento dele, ouvir cada palavra, deixou que ele falasse tudo, tudo que ele queria, naquele joguetezinho de sedução, que já a cansava há tempos, mas tinha que jogar, precisava de um peão naquele xadrez, e que belos olhos e corpo tinha aquele peão, sorriu a ele, e depois mordeu com força o dedo indicador, depois afastou a mão dos lábios, e fitou o Maitre - Uma Marguerite pra mim..- voltou os olhos a Donovam - Caso não se importe de dividir o prazer do pedido comigo hum?..- piscou a ele observando o Maitre se afastar e sussurrou, levando a mão ao colo nu, a deixou ali sobre o mesmo, e deixava o dedo indicador o mesmo que antes estava aos lábios, arranhar de leve o colo, entre os seios, sussurrou - Acaso tentar ir pra cama com todas as escritoras com quem assina contrato, porque se sim...Tenho medo de ir as prateleiras ver as fotos delas.- reclinou um pouco o corpo pra frente e sussurrou - Eu me enganei Donovam, não gosto de testar não, gosto de pegar, abusar, usar, tirar toda e qualquer energia e depois jogar fora...- piscou a ele voltando a recostar as costas a cadeira, o fitando - Porque absinto?...Quer esquentar algo aqui além da sua garganta?
Laudo por Dr. Glass
11:51 PM
Milena: Não era pontual, era adiantada, sempre estava um passo a frente de tudo, e também dos compromissos, o jantar era as oito e sete e quarenta ela já entrara ao restaurante e após o leve sussurrar - Sra. Gordosh....- o maitre logo a conduziu a uma das mesas ao canto direito do belo e pomposo restaurante no centro de Londres, Milena sorriu cordialmente, e logo se sentou a confortável cadeira, logo que o maitre a puxou a ela, cruzou as pernas, e disse que esperaria sua companhia que por enquanto apenas aceitava uma taça de caubernet sauvignon, o homem logo fora buscar a taça da bela dama, e esta voltou os olhos azuis ao ambiente, a grande vidraça do restaurante espelhava toda a bela e romântica Londres, Milena trajava um vestido bordô, muito belo e clássico, o mesmo era de gola alta e mangas longas, a cobrir todo o corpo, ficava um pouco abaixo dos joelhos, expondo somente um pouco das pernas, os sapatos eram negros, os cabelos castanhos claros estavam presos em um baixo rabo de cavalo, a maquiagem era discreta, pouco lábios e um batom vermelho delicado aos lábios, o perfume era agradável, assim como toda a educada Sra. Gardosh Dr. Glass:Já estava no Tavarius, estava sentado na sala de leitura e espera do fino restaurante, a sorver um conhaque enquanto aguardava sua convidada para jantar chegar.. E via a Dra. Gardosh chegar com toda a admirada elegância que possuía. Passou alguns minutos apenas a olhá-la caminhar e entrar no restaurante, reservava-se alguns segundos para admirá-la em seu respeitoso silêncio. E como era bela,.. Clássica e bela e tão fora do alcance de seus dedos.. Suspirou fundo tomando mais um gole do conhaque enquanto levantava e o Maitre caminhava até ele para informar que sua convidada havia chegado. Glass erguia-se em seu alinhado terno azul acinzentado que lhe caia num contraste perfeito com os olhos de um azul quase vítreos.. Ajeitava a gravata, um leve deslizar de dedos pelos cabelos claros alinhados e bem cortados e retirava os óculos, guardando-os no bolso do paletó, caminhando a passos calmos para a mesa que havia sido reservada e onde a mulher já desfrutava de um bom vinho - Espero que tenham lhe trazido o Caubernet Sauvignon que reservei...- ele dizia num sorriso delicado, quase imperceptível, Milena era uma das únicas pessoas para quem ele conseguia sorrir sem alguma trava - Perdoe a indelicadeza de não estar na mesa esperando-a.. Estava na sala de espera, - desabotoava o paletó para que pudesse sentar confortavelmente diante dela.. Conferiu o rotulo da cara garrafa que havia sido depositada e autorizava ao Maitre que lhe servisse - Como vai? - os olhos azuis não desviavam dos dela. Donovam: O Viper branco estacionava diante do Tavarius num cantar de pneus reconhecido pelo guardador de carros daquele restaurante, e a figura de loiros cabelos espetados descia. Elegante, não havia como negar que a figura altiva de Donovam se faria notar em qualquer lugar que chegasse.. Os olhos de um azul intenso contrastavam com o terno de linho creme, com a gravata num tom de amarelo quase dourado que combinava em exatidão com as nuances de seus cabelos. A barba por fazer quebrava o visual conservador e lhe empregava um jeito moleque, desportista pelo físico que possuía, estendeu os braços para pegar o buquê que estava deitado sobre o banco do carona - Traga-me flores.. Ninguém merece isso.. Bom.. E que flores a srta. sucesso deve gostar?! Não tenho idéia.. Espero que goste de orquídeas.. - caminhava para dentro do restaurante, jogando a chave do Viper para o guardador - Boa noite Sr. Gardosh.. - Don sorriu dando um leve soquinho no braço do rapaz - Se arranhar.. Eu mato você..- piscava de leve adentrando a sofisticada do restaurante... Iria aguardar a famosa escritora no balcão, caminhou calmamente o sorriso solto no rosto enquanto sentava-se ao balão para ser atendido pela barwoman, de lindos olhos cor de mel. - Sr. Gardosh.. O que vai querer? - Ele sorriu debruçando o corpo levemente para o balcão - Se eu dissesse o que eu realmente quero.. É capaz de acabarem me expulsando deste restaurante Lizz.. O de sempre..- a jovem sorriu corando levemente e a muito custo deixava-o de lado para providenciar o que ela já sabia - Scott.. Escocês.. 18 anos.. E puro Milena: Observou o Maitre antes mesmo de ela haver completado o pedido do vinho, se afastar e logo lhe trazer o vinho desejado, arqueou a sobrancelhas como não entendia, e logo ele explicou que Dr. Glass havia reservado aquele vinho a eles, Milena deixou-se sorrir cordialmente e sussurrou - Que gentil o Dr. Glass...- esperou o homem servir sua taça e logo se afastar, envolveu a taça com a delicada e pequena mão e a levou aos lábios, deslizou a mão ao ar, mexendo o liquido dentro da sala, e logo tomou um pequeno gole, apreciando-o, deixou a taça sobre a mesa, mas ainda manteve a mão a envolvê-la, e deixou os olhos perderem-se nas luzes suaves de Londres, tudo naquela cidade parecia suave, calmo inclusive seu casamento, Donovam, queria que ele estivesse ali, a levá-la a jantar, como antigamente, a levava em caros restaurantes e ambos desfrutavam a da companhia um do outro por toda a noite apaixonante daquela cidade, mas o tempo, os compromissos, tudo ficava escasso, inclusive o casamento de ambos, mas este fato, a ponderada Dra. Gardosh não queria aceitar ou convir, era um fato que afastava dos pensamentos, e Glass a ajudou assim, que ele se aproximou dela, ela não percebera que antes ele havia ficado tanto tempo a olhando, perdida em seus devaneios de um casamento já falido, deixou-se ficar ali, a mercê dos olhos submissos de Glass, e tão logo ouviu sua voz, ergueu a face e sorriu a ele, deixou à taça a mesa, e ergueu-se se aproximando, apoiou uma das mãos ao ombro dele, e aproximou o rosto beijando sua face carinhosamente, como seu pupilo, e depois se afastou voltando a se sentar, a sorrir, a ele, o observou se sentar, e sussurrou - Ah como sempre advinha minhas vontades não Glass?.- .Não o chamava de Doutor, tinha muito carinho pelo homem e dispensava as formalidades ao menos naqueles momentos, observou ele conferir o rotulo da garrafa e murmurou - Não se preocupe, eu não esperei quase nada e de certo modo precisava pensar um pouco...- apanhou o menu das mãos do Maitre enquanto este estendia o mesmo a ela, e sorriu a Glass, murmurando - Estou ótima, e você querido pupilo? Dr. Glass: Recebia aquele suave roçar de peles como um brinde.. Um carinho sem igual.. E fechava os olhos ao sentir o beijo carinhoso que vinha em sua face, sentou-se se deixando ser servido - É um dom, Milena.. - se reservava ao direito de tratá-la como Milena, ao menos em momentos particulares - Sempre pensei em deixar o diploma e abrir uma tenda.. Acho que levaria jeito.. - brincar? Era o único momento em que o sisudo Glass parecia se soltar um pouco mais.. Esperou que o Maitre se retirasse, deixando o menu para que apreciassem e então fizessem o pedido - Problemas? - ele ergueu a taça suavemente levando-a aos lábios para um gole suave, sentindo o calor que o caubernet proporcionava aos lábios e ao próprio corpo - Sabe.. Sou um bom psicólogo.. Deveria se consultar comigo algumas vezes.. Eu prometo que farei um abatimento na consulta..- sorriu de leve enquanto deixava o corpo relaxar um pouco mais na cadeira - E sou também um bom ombro de amigo, caso queira desabafar sob votos de silêncio de um padre.. - Os olhos azuis pousavam ainda sobre os dela, e seria impossível a Glass fazer o contrário. Era como se permanecesse anestesiado pelos traços do rosto de sua mestre. Catherine: Não se importava com o horário, devia fazer bem a um "homenzinho" mimado como o Donovam, esperar por ela, ela não seria pontual, e muito menos cheia de frescura e etiqueta, beiraria o vulgar, mas tomando o cuidado tênue, de não ser vulgar, apenas provocar, nunca ousar, era seu lema, tinha seus limites, e seu menor limite, era a Ferrari vermelha que estacionava em frente ao restaurante, a loira ajeitava os cabelos pelo espelho do carro conversível, e sorriu a ver que estava tudo de acordo com o que ela queria, esperou o rapaz abrir a porta para ela, e logo colocou uma das pernas para fora do carro, apoiando o salto agulha do sapato vermelho ao chão, e expondo toda a perna direita, com o deslizar da mesma pela fenda do vestido e pelo meio do casaco de pele negra que usava, depois fora o outro pé ao chão, segurando delicadamente a mão do rapaz como apoio, ajeitou o casaco sobre o corpo, e caminhou lentamente na direção da entrada do local, chamando obviamente a atenção, já que o corpo mesmo escondido naquela casaca de peles, parecia deslizar provocativamente dentro dela, logo entrou ao restaurante a sorrir a todos, e foi logo recebida pelo dono do local, que fazendo sala à bela jovem fora apanhar seu casaco para colocá-lo no cabideiro e se soubesse o que ele escondia nunca mais a deixaria vesti-lo, Cacto deixou-se o belo vestido vermelho resplandecer ao restaurante de motivos discretos, e era como um foco de luz naquele lugar, chamava toda e qualquer atenção para si, trajava um vestido de tecido fino, que não cobria o corpo, deslizava e dançava por este, o mesmo era de alças, colado ao tronco, e soltava-se mais as pernas, mas a fenda que possuía na perna direita ficava além da coxa, quase chegava a mostrar sua virilha, se ela estendesse muito à perna, e a bela sorria da admiração de todos, os cabelos loiros estavam soltos a franja desfiada sobre os olhos verdes misteriosos, muito lápis nos mesmos, denotando-os, nos lábios um batom discreto, olhou a volta e Esperou que o rapaz viesse até ela, se rastejar obviamente, e é tudo que ele faria daquele dia por diante Milena: Também não desviava os olhos de Glass, não pelo mesmo motivo que ele, apenas por educação, não se desvia os olhos de alguém, quando este está com você, é indelicado e constrangedor ao outrem, apanhou o menu sobre a mesa e começou a folheá-lo rindo de leve da brincadeira dele, mas a atenção era totalmente voltada a Glass, quando ele perguntou se ela estava com problemas, ela ergueu mais a face, pousando os suaves olhos azuis sobre os dele, esperou a brincadeira dele e sussurrou - Ah bem, com desconto você sabe que fica difícil negar, posso sim ser uma Doutora "Yoga", mas mulher, desconto ou liquidação, não conseguem se separar...- deixou-se rir suavemente, entrando na brincadeira dele, distraindo-se um pouco, e depois o ouviu falar sério, sobre seu ombro e sua discrição, sorriu a ele, largando o menu, apanhou a taça de vinho, e deu um gole mais longo, um pouco mais nervosa, sussurrou- Bem, eu apenas acho que devo estar um tanto, acho que...carente, por isto fico a me tomar destes pensamentos melancólicos, sobre Donovam e meu casamento, não, não que ele me falte entende, mas acho que ando com sensibilidades acima do limite de antes, por isto me encontro com um pouco de depressão e desanimo de frente a esta situação, e começo a pensar que Donovam, não me trata mais como tratava antes, compreende?...- Via certo movimento ao restaurante, como se algo importante tivesse acontecendo, mas não desviaria a atenção de Glass, jamais
Laudo por Dr. Glass
8:15 PM
Abria os olhos azuis lentamente e os manteve assim por alguns segundos, visualizando os cabelos loiros e perfumados a sua frente. Deixou que as mãos deslizassem pelos lençóis claros sentindo a maciez que envolvia os corpos e sorriu de leve. Gostava do perfume dela, e gostava de vê-la dormindo. Parecia tão reverso ao que era. Parecia tão suave, tão indefesa. Tão diferente da famosa promotora com quem noivara. Aproximou o corpo lentamente e com todo o cuidado para não despertá-la passando a ponta do nariz pelos cabelos que estavam espalhados sobre o travesseiro. Depositava um beijo delicado ao ombro desnudo e virava-se na cama para levantar, deixando os pés descalços tocarem o chão do quarto frio, saindo do conforto do edredom, tendo o cuidado de cobrir Bianca antes de sair da cama. Ergueu-se nu como estava e caminhou até a poltrona próxima a sacada do quarto para pegar o roupão de tecido fino, negro com detalhes em ideogramas japoneses num tom de vermelho sangue e branco. Tinha sede, e caminhava para fora do quarto quando escutou o suave vibrar do celular. Parou os passos virando-se de frente para a cama, o aparelhinho iluminava-se em tremer sobre o criado mudo. Seguiu até ele retirando-o do objeto e apressando-se para sair de lá, com o intuito de não despertar Bianca. - Houaiss.. – Atendeu o celular tendo a voz quase como um sussurro ao sair do quarto e fechar a porta atrás de si. - Dr. Mark Houaiss.. – A voz rouca do outro lado não parecia muito satisfeita em falar com ele, mesmo àquela hora da noite. – Aqui é o agente Ryan Phillips, tenho noticias sobre o caso Tramell. Mark semicerrava os olhos, enquanto descia as escadas a caminho da cozinha. Fechando o nó do roupão negro. - Tenente Phillips.. Como vai ? – Sorriu de canto, não gostara do desagradável e cínico policial, sem classe alguma. – Novidades sobre o caso de minha cliente? - Sim Dr. – O ruído de que parecia estar girando uma espécie de cadeira poderia ser escutado, aliado ao barulho de que provavelmente colocava os pés sobre a mesa. – O juiz responsável pelo caso Tramell atendeu sua solicitação de uma análise psicológica de sua cliente. E já foi nomeado o psiquiatra que cuidará do laudo. Dr. Michael Glass. Um psiquiatra jurídico renomado. Indicação da Dra. Milena Gardosh. Mark sorriu, conhecia a Dra. Milena Gardosh, jogava Squash com Donovan, esposo de Milena, talvez por isto ela tenha rejeitado o caso. Por conhecer o advogado da vitima. Entrou na cozinha escutando os relatos do policial, conhecido como Shark, recomendações quanto ao dia da avaliação psiquiátrica em tons de ironias muito bem reconhecidas por Mark. - Tudo bem, tenente Phillips.. Ela estará lá. Eu agradeço a informação em nome de minha cliente. – Devolver ironia com uma educação exacerbada, ainda mais através de meios de comunicação rastreados via satélite era a certeza de que nunca perderia a razão em caso de precisar abrir um processo contra a força policial da Scotland Yeard. Desligou o aparelho, abrindo a geladeira e retirando uma garrafa de vinho. Enchia a taça calmamente, enquanto discava para Catherine. Tinha que avisa-la da consulta para sexta-feira. Pegava a taça cheia enquanto caminhava para o quarto novamente, escutando o telefone chamar insistentemente. Parando na porta do quarto, mantendo a mão sobre a maçaneta antes de entrar. - Catherine... Boa noite.. – Sorriu e adentrou ao quarto frio, vendo Bianca dormir sob o edredom, deixou-se olhar a noiva mais alguns segundos antes de voltar a falar com Catherine. – Como vai? A justiça resolveu acatar o nosso pedido de avaliação psiquiátrica. – Escutava o que a mulher lhe respondia do outro lado. Mark preferia manter a conversa sempre em um nível profissional. Catherine era uma mulher sexy. E ele em momento algum pensou poder criar conflitos em seu noivado, ainda mais tão perto da data de desposar Bianca. - O Psicólogo responsável será o Dr. Michael Glass... É conhecido. Por coincidência é o psicólogo envolvido no caso do serial killer de Ohio. – Sorriu de canto deixando a voz sair suavemente baixa enquanto retirava o roupão negro, deixando o corpo nu permanecer diante da luz da lua que adentrava ao quarto. – Sua consulta está agendada para sexta-feira às 16 horas. Catherine.. Peço que não falte, hm? Boa noite Catherine. Entro em contato pela manhã. Desligava a ligação colocando o aparelho sobre a mesinha mais uma vez, sentando na cama, ainda a pensar no que diria no tribunal. E principalmente na conversa que teria com Catherine referente à sua consulta. Ela devia controlar-se mais, ao menos na frente do tal Dr. Glass. Estirou o corpo mais uma vez na cama, entrando no edredom e aproximando o corpo do de Bianca, envolvendo o corpo da jovem em um abraço, deixava o nariz repousar no pescoço dela, entre os cabelos.
Laudo por Dr. Glass
7:42 PM
Catherine Tramell, estava em sua casa, uma bela e luxuosa casa, que o dinheiro que ganhou como escritora durante todos aqueles anos lhe permitiu comprar, estava na suíte de seu quarto, tinha o belo corpo enrolado em uma toalha felpuda de cor preta, os cabelos loiros estavam molhados, caiam um pouco abaixo do ombro, passava naquele momento, um creme hidratante a bela face, contornava com a ponta dos dedos abaixo dos singelos olhos verdes depois, descia os dedos pelas maças da face levemente rosadas ao natural, e em volta dos finos lábios, depois ao pescoço, e em seguida ao colo nu, quando ouviu o telefone tocar no seu quarto, voltou os olhos a porta, e pode ouvir a secretária eletrônica responder por ela, voltou novamente os olhos ao espelho e ficou em silencio apenas ouvindo seus recados, o primeiro era de seu advogado, Marc, informando que quem seria o psicólogo a avaliá-la era um tal de Dr. Glass, sussurrou sozinha: - Grande coisa... Sorriu de leve a si mesma ao espelho, e continuou a passar o creme, sem fazer questão de atender a ligação de seu advogado, deixou que ele se contentasse em deixar o recado apenas, não demorou muito novamente seu telefone estava a tocar, suspirou fundo e logo caminhou rumo ao quarto, parou próxima ao telefone e ia levar a mão ao aparelho, mas parou antes, deixando a mão sobre o telefone mas sem tocá-lo, logo pode ouvir a voz de uma mulher, que dizia ser secretária do Dr Glass, mordeu o lábio inferior, e murmurou: - Ora, ora o Doutorzinho é rápido no gatilho...Vejamos... Apanhou o aparelho e logo se fez ouvir a simpática mulher: - Claro querida, às 16:00 de amanhã está ótimo para começar as sessões, eu estarei aí pontualmente, avise ao Dr Glass que será uma honra...*deixou o telefone cair ao gancho, rindo sozinha, e logo se virou ao espelho do quarto encarando-se novamente: Dr Glass... Tombou o rosto pro lado e ergueu ambas as mãos ao espelho, unindo-as e deixando os dois indicadores juntos e apontados pra frente como a simular uma arma com as mãos, fez um barulho com os lábios como de quem atira: - Hum...Soa erótico... Deixou-se rir das próprias brincadeiras olhou em silencio para a champagne sobre a mesinha ao lado da cama, e tentou-se lembrar do que iria comemorar mesmo, lembrou-se rápido e um sorriso pecaminoso tomou-lhe o rosto, levou à mão a toalha a puxando bruscamente, deixou-a cair ao chão, e teve seu corpo nu a ser testemunhado apenas pelas paredes límpidas e brancas do extenso quarto a única peça que a impedia da nudez total era a intima, em um tom rosa bem claro, quase salmão, , um corpo belo, já maduro, de curvas delicadas mas ao mesmo tempo provocantes, caminhou lentamente em direção a porta de madeira que dava entrada a sacada e a abriu saindo nua a sacada, abriu os braços e fechou os olhos, respirando fundo enquanto caminhava ao beiral da mesma, levou as mãos ao mesmo, e deixou-se sentir a suave brisa aos cabelos molhados, sem qualquer questão de esconder-se de quem quer que a pudesse ver, logo ouviu novamente o telefone, sussurrou: - Diabos, não tenho paz desde que aquela maldita nota saiu ao jornal...Será que é o Dr. “Sexy Glass”?... Brincava consigo mesma, e de fato provocaria o homem do primeiro ao ultimo instante em que tivesse oportunidade ainda mais sendo ele um psicólogo, iria adorar brincar com o auto controle dele, deu as costas e caminhou de volta ao quarto, apanhando o aparelho, ouviu a nova voz de mulher e mais uma secretária, a de Donovam agora, o chefe da Editora Mundus a qual tentava fechar um contrato para a publicação em uma “versão ouro” de seu livro, “Shooter”, ouviu a mulher em silencio depois murmurou: - Jantar? Claro, está ótimo, eu o encontro lá, diga a ele para não se atrasar e levar flores, é o mínimo que se espera de um jantar com um homem, Hum querida? Mesmo ele sendo quase meu editor.... Desligou o telefone, e deixou o corpo cair à cama, sentando-se em seguida a cabeceira desta, estendeu uma das mãos e apanhou a taça com a champagne já servida, olhou fixamente um ponto a parede como vislumbrasse algo ali e sussurrou erguendo a taça*...Um brinde ao acaso Dr. Glass....*Novamente deixou-se rir, olhou o espelho que tinha ao teto, espelhos e mais espelhos, egocentrismo? Talvez, algo mais profundo, Narcisismo.
Laudo por Dr. Glass
8:08 PM
Estava de pé olhando pela janela de seu luxuoso escritório, na Editora Mundus. Os olhos de um azul tão claro se perdiam nas luzes da cidade. Gostava daquela vista. O centro de Londres era uma das coisas mais belas que seus olhos já puderam repousar. Se assemelhavam à neve dos Alpes. Alpes.. há quanto tempo não ia para lá? Milena não gostava de neve.. nem de esportes, nem de nada que lhe despenteasse os cabelos. Sorriu de leve ao lembrar-se da esposa. Deslizava o polegar pela parte de baixo da aliança enquanto observava o ir e vir dos carros sob ele. Folgava um pouco mais a gravata num tom de amarelo ocre que combinava 0perfeitamente com o armani em tom de creme, a camisa imaculadamente branca como se feita a dedos para combinar com o iluminado sorriso do editor. O celular tocava e ele levava a mão ao pequenino aparelho sobre a mesa, conferindo o numero. Hebert Swaiss.. seu sócio na editora. Atendia a ligação. - Herbbie.. como está? Como vão Marcy e as crianças? A voz do homem soava apreensiva do outro lado - Don.. já conseguiu agendar com a Srta. Tramell? A Marcy vai bem.. Jr e Karol tb.. estão se divertindo na piscina... Responde Don... Donovan sorriu de leve, porque Herbbie tinha que ser tão ansioso? As coisas estava fluindo melhor do que o que ele esperava. Já tinha entrado em contato com os assessores da Srta. Tramell e ia agendar um jantar para tentar discutir os termos de um contrato.. e conseguiria faze-la assinar, com toda a certeza. - Calma Herbbie.. – caminhava para a janela novamente, virando o rosto apenas para ver Michelle, a ruiva que atendia pela função de sua secretária ajeitar os óculos e gesticular para ele de que a secretária de Milena estava tentando entrar em contato e transferir a ligação. Ele arregalava os olhos em reprovação, exibindo o celular. E fazendo sinais com os dedos para que pedisse para ligar depois.. ou dar qualquer desculpa. – Eu já entrei em contato com a assessoria dela, e com toda a certeza conseguirei faze-la fechar conosco. - Don.. vc tem visto os jornais? Ela está sendo acusada de assassinato.. Don.. os livros dela vão vender como água no Saarah.. Donovan virava o corpo em direção à mesa e esticava os dedos buscando o The Times do dia, onde a foto de Catherine saindo da delegacia acompanhada de seus advogados poderia ser vista estampada como matéria de primeira página. Era uma bela mulher.. se não vendesse pelo teor dos livros venderia pela beleza do rosto e do corpo. - Sim Herbbie, eu já vi sim.. por isto estou tentando agendar com ela um jantar. Vou bajular a mulher.. se for preciso levo o melhor amigo das mulheres para ela... dou uma joia de presente, vou falar do talento para escrever, que sou fã numero um.. tenho todo um plano de puxasaquismo para envolver a loira.. pode deixar. - Olha eu não me importo nem que você coma a mulher, contanto que ela assine, Don!!! – A voz de Herbert sorria gostosamente do outro lado – Escute, tenho que ir.. a Marcy já esta começando seu showzinho particular gritando que raio de férias são essas que tiro se trabalho o tempo inteiro. Me manda um e-mail contando como foi com a Srta. Morte Súbita Tramell hm? E a Milena? Como estão as coisas? Quando vocês vêm para a casa de praia aqui na California, hm? A Marcy tá dizendo que tá morrendo de saudades da Milena e mandou um beijo.. – e a voz do homem se distanciava um poco – pronto querida eu já falei. Querida olha o Junior.. ele vai pular na piscina. – aproximava novamente os lábios do fone – tenho que ir.. meus afazeres de pai e marido zeloso me chama. Manda um e-mail hm? Don escutava calmamente o que ele dizia.. e não pode negar o sorriso ao escutar a forma como ele falava da mulher.. poderia come-la.. o Herbbie tinha cada ideia que as vezes chegava a assustá-lo.. - Tudo bem.. eu digo a Milena sim.. estamos bem.. ela está bem. Talvez no proximo verão, Herbbie.. podemos combinar de fazermos alguma coisa assim. A Milena vai adorar passar mais tempo com a Marcy e as crianças. Mando o e-mail sim.. Herbbie.. Herbbie.. acalme-se homem.. eu cuido de tudo pode deixar. Ela assina conosco hj a noite.. ou mudo meu nome.. Sorriu e desligou o aparelho, haviam mais 3 chamadas perdidas, e ele sabia que eram do consultorio de sua esposa, por isso não quis atender.Estava resolvendo negocios e lá vinha novamente Michelle a lhe passar recados. - A Dra. Gardosh está na linha, e gostaria de falar com o senhor. – já sabia a resposta.. mas era a esposa dele.. quem sabe desta vez ele resolvesse atender. Donovan sentava na poltrona acolchoada girando-a de um lado a outro, após pegar o livro de Catherine, e passar alguns segundos olhando a foto da escritora como se ela tambem o fizesse.
Laudo por Dr. Glass
*Esse
é um jogo fictício*
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